Se eu desenhasse a mulher Dos meus sonhos, eu não Desenharia a rigor Cada traço do que és E na expressão de um olhar Em que disfarças o querer Como vou desenhar O que me faz tremer E eu só sei Que o que sinto é mais e minto quando me digo em controle E cá do alto fica fácil deixar-me ir e vir É a pura pica ninguém explica Sai-me a ginga tão catita Nem um tal de Kusturica cheio da estrica Compôs canções assim Como as quando tu te dás a mim Traço o teu traço numa escrita Sangra a pena tanta tinta E nem Picasso nos anos trinta No seu auge cheio da pinta Pintou alguém assim Como quando tu danças pra mim Tu és a tela que eu sempre quis E eu pintor aprendiz Dos seios sai-me um só rio E em verso eu calo o vazio E se eu desenho a escrever Como rimar o sentir Duma alvorada a cantar Quando o melhor está pra vir E eu só sei Que o que sinto é mais e minto quando me digo em controle E cá do alto fica fácil deixar-me ir e vir É a pura pica ninguém explica Sai-me a ginga tão catita Nem um tal de Kusturica cheio da estrica Compôs canções assim Como as quando tu te dás a mim Traço o teu traço numa escrita Sangra a pena tanta tinta E nem Picasso nos anos trinta No seu auge cheio da pinta Pintou alguém assim Como quando tu danças pra mim É a pura pica ninguém explica Sai-me a ginga tão catita Nem um tal de Kusturica cheio da estrica Compôs canções assim Como as quando tu te dás a mim Traço o teu traço numa escrita Sangra a pena tanta tinta E nem Picasso nos anos trinta No seu auge cheio da pinta Pintou alguém assim Como quando tu danças pra mim Se eu desenhasse a mulher