Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original Se realmente não quiseres querer-te mal Olha pra ti, ó Portugal E não te deixes assim vestir Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original Se realmente não quiseres querer-te mal Olha pra ti, ó Portugal E não te deixes assim vestir O meu país Foi outro dia ao alfaiate encomendar Toilettes novas pro mundo se embasbacar E se dizer, e se elogiar Que bem, que chique, que beleza Para falar com franqueza Parece outro com esse ar Mas há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir Mas há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir Mas há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir E não te deixes assim vestir Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original Se realmente não quiseres querer-te mal Olha pra ti, ó Portugal E não te deixes assim vestir Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original Se realmente não quiseres querer-te mal Olha pra ti, ó Portugal E não te deixes assim vestir Ao meu país O alfaiate respondeu, venha cá Quero saber com que linhas se coserá O fato feito que fará A sensação das redondezas Bem que eu não tenha a certeza Que seja de elogiar E que há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir E que há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir E que há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir E não te deixes assim vestir Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original Se realmente não quiseres querer-te mal Olha pra ti, ó Portugal E não te deixes assim vestir Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original Se realmente não quiseres querer-te mal Olha pra ti, ó Portugal E não te deixes assim vestir O meu país Outrora usando fraque, luva e paletó Se rebentar pelas costuras, é só Que o fato que é da trisavó Não é necessariamente Aquele que no presente Nos fará soltar um oh! Porque há coletes que são de forças Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir Assim como há meias Que nunca hão-de ser inteiras Por muito que o queiram ser Não te deixes assim vestir Porque há casacas feitas já para ser viradas Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir Assim como há botas difíceis de descalçar Por mais que o tentem não ser Não te deixes assim vestir Assim como há laços feitos já para te enforcar Por mais que o digam não ser Não te deixes assim vestir E há coturnos que eu diria são soturnos Por mais que o não queiram ser Não te deixes assim vestir E não te deixes assim vestir Ai, Portugal Dar-te conselhos é bem pouco original...