No novo normal Há cidades inteiras Por onde rasgaram Invisíveis poeiras Malignas benignas Ninguém sabe se sabe Nem que acaso ou que destino nos cabe O novo normal É terreno minado De acasos O novo normal É terreno minado De acasos No novo normal Caem corpos à sorte Em valas comuns Num silêncio de morte Cortado somente Por soluços distantes Longe vão os tempos de ser como dantes No novo normal Nunca nada vai ser Nunca igual No novo normal Nunca nada vai ser Nunca igual Dadas as circunstâncias Mantenha as distâncias Respeite os espaços Controle essas ânsias De beijos e abraços Refreie as audácias e as inobservâncias Escolha bem as audácias Refreie essas ânsias De beijos e abraços Dadas as circunstâncias Respeite os espaços Respeite os espaços Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã No novo normal Nunca são contas feitas Acordaste informado E ignorante te deitas E amanhã pela manhã Será que algo mudou Tudo não passou de um pesadelo fugaz Uma história do medo Largada ao ouvido Em segredo Uma história do medo Largada ao ouvido Em segredo No novo normal Há grandes filas de fome Nomes tão desgastados Até deixar de ter nome Até que o medo não tenha Racionais fundamentos E seja só um buraco negro no céu Um horizonte de eventos Memorial do que se viveu Um horizonte de ventos Memorial do que se viveu Dadas as circunstâncias Mantenha as distâncias Respeite os espaços Controle essas ânsias De beijos e abraços Refreie as audácias e as inobservâncias Escolha bem as audácias Refreie essas ânsias De beijos e abraços Dadas as circunstâncias Respeite os espaços Respeite os espaços Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã Nã-nã, nã-nã-nã-nã