Deixa que eu te descubra Minha flor, minha rosa rubra A contar hoje ver-te na curva Cântaros, verto na chuva A cantar os verdes da lusa A apontar os dedos à luta A aprontar os versos p'ra musa Minha flor, minha rosa rubra Deixa que eu te descubra Minha flor, minha rosa rubra A contar hoje ver-te na curva Cântaros, verto na chuva A cantar os verdes da lusa A apontar os dedos à luta A aprontar os versos p'ra musa Minha flor, minha rosa rubra Tive uma visão turva Vi, são, tu a abrires-me a pele suja A vires-me salvar do abismo Um sismo a dançar, rosa surda A ouvires-me cantar nossa purga Pega, afaga, pargas, rugas Nossa fuga, rosa rubra Deixa que eu te encubra Deixa que eu te descubra E cubra o frio neste fim A deixa é que eu te encubra na fuga deste jardim Queixas que eu dou pouco do pouco que há em mim Eu dou-te o espaço que quiseres P'ra cresceres, oh meu jasmim (Ai-ah, ai-ah) Tu que és a minha rosa O valor da minha prosa E de tudo que eu te escrevo (Ai-ah, ai-ah) Vou-te colher com a mão Nem que seja a última coisa que me sangra o dedo Deixa que eu te descubra Minha flor, minha rosa rubra A contar hoje ver-te na curva Cântaros, verto na chuva A cantar os verdes da lusa A apontar os dedos à luta A aprontar os versos p'ra musa Minha flor, minha rosa rubra Deixa que eu te descubra Minha flor, minha rosa rubra A contar hoje ver-te na curva Cântaros, verto na chuva A cantar os verdes da lusa A apontar os dedos à luta A aprontar os versos pra musa Minha flor, minha rosa rubra