Fiz ranger as folhas de jornal Abrindo-lhes as pálpebras piscantes E logo de cada fronteira distante Subiu um cheiro de pólvora Perseguindo-me até em casa. Nestes últimos vinte anos Nada de novo há No rugir das tempestades Não estamos alegres, É certo, Mas por que razão Haveríamos de ficar tristes? O mar da história É agitado. As ameaças e as guerras Havemos de atravessá-las. Rompê-las ao meio, Cortando-as Como uma quilha corta As ondas Meu coração tropical está coberto de neve, mas Ferve em seu cofre gelado E a voz vibra e a mão escreve, mar Bendita lâmina grave que fere a parede e traz As febres loucas e breves Que mancham o silêncio e o cais Roserais, Nova Granada de Espanha Por você, eu, teu corsário preso Vou partir a geleira azul da solidão E buscar a mão do mar Me arrastar até o mar, procurar o mar Mesmo que eu mande em garrafas Mensagens por todo o mar Meu coração tropical partirá esse gelo e irá Com as garrafas de náufragos E as rosas partindo o ar Nova Granada de Espanha E as rosas partindo o ar Vou partir a geleira azul da solidão E buscar a mão do mar Me arrastar até o mar, procurar o mar Mesmo que eu mande em garrafas Mensagens por todo o mar Meu coração tropical partirá esse gelo e irá Com as garrafas de náufragos E as rosas partindo o ar Nova Granada de Espanha E as rosas partindo o ar