Daqui de cima da laje se vê a cidade Como quem vê por um vidro que escapa da mão Uns exilados de um lado da realidade Outros reféns sem resgate da própria tensão Quando de noite as pupilas da pedra dilatam Os anjos partem armados em bondes do mal Penso naqueles que rezam e nesses que matam Deus e o diabo disputam a terra do sal Penso nos malabaristas do sinal vermelho Que nos vidros fechados dos carros descobrem quem são Uns, justiceiros, reclamam o seu quinhão Outros pagam com a vida sua porção Todos são excluídos na grande cidade Uns, justiceiros, reclamam o seu quinhão Outros pagam com a vida sua porção Todos são excluídos na grande cidade (Daqui de cima da laje se vê a cidade) (Como quem vê por um vidro que escapa da mão) (Uns exilados de um lado da realidade) (Outros reféns sem resgate da própria tensão) (Quando de noite as pupilas da pedra dilatam) (Os anjos partem armados em bondes do mal) (Penso naqueles que rezam e nesses que matam) (Deus e o diabo disputam a terra do sal) Penso nos malabaristas do sinal vermelho Que nos vidros fechados dos carros descobrem quem são Uns, justiceiros, reclamam o seu quinhão Outros pagam com a vida sua porção Todos são excluídos na grande cidade Uns, justiceiros, reclamam o seu quinhão Outros pagam com a vida sua porção Todos são excluídos na grande cidade