Para-dor O trem das sete é sempre o mais cheio Os casais cheios de planos As crianças cheias de vida E as mochilas cheias De coisas que só fazem peso Enche meu pulmão mas desgasta os meus ossos Enche meu pulmão mas desgasta os meus... Existir é ir-se enchendo Daquilo que tiver tendo Difícil mesmo é esvaziar Enche meu pulmão mas desgasta os meus ossos Enche meu pulmão mas desgasta os meus... Enche meu pulmão mas desgasta os meus ossos Enche meu pulmão mas desgasta os meus... (Enche meu pulmão mas desgasta os meus ossos) (Enche meu pulmão) Toda leveza tem um pouco de Cruz Pesam as dúvidas do desconhecido E transborda o caos da rotina Livros não lidos não ensinam nada Mesmo eu, cheia de ideias, de que sirvo sem o grito? A vida tá no ruído: Mira Faca Coice Choque Fim