Pintarei sete cores Nas asas do moinho, E chamarei o vento, E chamarei o vento. Gira, gira, meu moinho, Ao soprar das ventanias, Quem quiser moer cantigas Moa a dor junto com o trigo. O meu pão de cada dia é da mais pura farinha, Tem a casaca bem curtida Mas a polpa é a poesia. Meu moinho, tu me ensinas O segredo do arco-íris, A cor branca é muito simples Mas é a cor que se conquista. Essa paz que eu canto existe, Não é fim, mas é caminho, é no meu roda-moinho Que ouço a voz mansa da brisa.