Os dias passam E as portas trancadas Eu preso no quarto Com granadas Armado com as poesias fartas Coloquem as cartas na mesa Quero ver quem blefa Lê meu coração e entenderá bem a tarefa Revolta e amor, sou um divisor de águas Onde consigo me livrar de pragas presas em mim Por pessoas que são mal intencionadas Dou fim em sombras que rodeiam, que sugam a minha luz E depois me querem na cruz, como Judas fez com Jesus Me odeiam porque prego pelos 30 milhões Que não sabem escrever Penso no que vou dizer, se fumo ou se não Isso não é interessante pra você Dou importância no que vai fazer minha mente pensar E com ela a mudança que pode acontecer Ninguém aguenta mais, mas não sabem o que fazer Desmanche no Brasil A sujeira acumulou é tanto horror perante o céu Parece besteira cruel, doutor Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Collor E mais vários ratos safados sem pudor O povo é incolor aos olhos de quem tem poder Preferem ver a dor das pessoas Do que dar condições pra elas viver Pra elas viver, porra! Debaixo do sol tudo é vaidade, eu sei O mundo desaba ao meu redor Mas não aceito o que querem me impor Escrevo pra me libertar, escrevo pra te auxiliar Escrevo pra me proteger dos demônios que rondam o mundo A minha alma vive presa nas correntes Desta liberdade o meu olho só enxerga a realidade Nada de mentiras, a ira que trago não coaduna com mentiras Nem com prática de quem só tira Oque é o do povo, o que é de todos E não vê barreiras de impedimentos Pra encher de dinheiro seus bolsos Eu ca não quero limpar o que esses homens defecam Não quero ser a marionete que eles movimentam Estou de pés firmes e não recuo com a minha exigência Com honra marco um passo da minha existência Estou vendo um barril de pólvora que está prestes a arrebentar Cuidado, Angola não vai aguentar A poesia é o refúgio do poeta, tintas viram balas Quando a arma usada é a caneta Cada letra é um tiro, isso é revolução, desperta Cada letra é um tiro, homens mantenham-se alerta Debaixo do sol tudo é vaidade, eu sei O mundo desaba ao meu redor Mas não aceito o que querem me impor Escrevo pra me libertar, escrevo pra te auxiliar Escrevo pra me proteger dos demônios que rondam o mundo Debaixo do sol tudo é vaidade, eu sei O mundo desaba ao meu redor Mas não aceito o que querem me impor Escrevo pra me libertar, escrevo pra te auxiliar Escrevo pra me proteger dos demônios que rondam o mundo