Meus inimigos vão pro céu Eu vou pra onde eu quiser A liberdade cobra caro Eu pago o preço que vier Meu coração bate baixinho Quem vê, pensa que ele não dói Me acostumam as tragédias Já é tão raro eu chorar A vida é mesmo dura Ainda que fácil de quebrar Penso tanto na minha morte Que até esqueço da vida Eu como todo bom ateu Tenho medo de dizer adeus Desconfio que na hora H Eu vou me arrepender de não saber rezar Tem um batuque aqui dentro do peito Só não sei direito como usar Nesse pulso pego impulso Salto como se eu soubesse voar Doida, varrida, vária e doída é A tal da vida, bala perdida é Desguarnecida e quem me explica O que ela é Toda vida é consciente Do final que vai chegar Todo mundo tem na mente Que o passado vai cobrar Todo mundo sabe tudo Mas parece tão fácil esquecer Mas o sino não se importa E todo dia vai soar E essa sina de ir embora Ainda vai me assassinar Minha cabeça me consome e em mim Eu vou viver meu fim Penso como todo bom ateu Que na hora de dizer adeus Vou me limitar a só pensar Quando o mundo me mandar rezar E o batuque aqui dentro do peito Que até ontem eu não sabia usar Vai marcar em um compasso A valsa lenta de me ver tombar Doida, varrida, vária e doída é A tal da vida, bala perdida é Desguarnecida e quem me explica O que ela é Doida, varrida, vária e doída é A tal da vida, bala perdida é Desguarnecida e quem me explica O que ela é Deixa o que passou passar Vivo por deixar (Vai ver viver é melhor que tentar entender o que é a vida)