Te cometi como um engano até chorar Se a lágrima for sede, então me afogue no mar Disparei bala perdida que é pensar Vou por acaso que o acaso não costuma falhar Se eu disser Que o silêncio me ensinou A saudade de gritar Já não tá mais aqui quem calou Disseram o que pensar (eu não sei) Pensei no que dizer (nem se sei) Num livro que livrar (ou se nem) Só os encontros vão salvar ♪ Preso aqui como um pecado que inventei Todo mundo tem o milagre de escolher no que errar Entre crer E ter o que criar Quem vai me prender? Ninguém vai segurar quem quer se curar Se me perguntar (eu não sei) O porquê de estar aqui (nem se sei) Não vá se assustar (ou se nem) Com o silêncio que eu gritar ♪ Invariavelmente a mente segue inabalada Na improvável empreitada de explicar o que se vê E o que não vê Como se a vida em um verbete nos lembrasse do lembrete: todo abismo é de repente E a cada passo que eu penso em pisar Também penso em cair Hora vazia ensina a sina de criar alguém além que nem se explica E o corpo é pouco, só um troco que se dá pra vida na partida E eu vou arriscar Não existe morte Existe vida que consome Vida que some Vida que consome, vida que some Vida que consome, vida que some Vida que consome, vida que some Vida que consome, vida que some Vida que consome, vida que some Vida que consome, vida que some Vida que consome