E não há marcas pra viver Não existem macas pra minha dor E não há nada a dizer Quero esquecer do que for Pra me esquecer do que for Meu amor Liga no sonho Eu componho pela metade De marcas de dias cinzas E versos inabaláveis De frases incontroláveis Em tracks tão perecíveis no inverso Veja meu signo Num verso eu me sinto digno e peço Que o resto atinja o universo Confesso que em alguns metros Dessa sanidade Me envolvem pela metade Me esqueço Que não me atinge o começo Falta verdades, coragem Não tá existindo por aqui, cai chuva Chuva cai bem Minha chuva vai e vem Meus olhos gritam Minha boca cala As marcas vão e vem Num núcleo contra o bem E sei que às vezes também Eu não entendo essas marcas Eu vi as páginas queimarem A estrutura desabar Vi átomos se desfazerem e em energia nuclear Reflexão enraizada à moda antiga Desliga o wi-fi, correu atrás de um propósito pra vida E não importa o que digam Acredite no seu norte Hoje tô velho pra largar meus planos ao azar e à sorte Comecei agora como se real fosse Daqui a um ano você vai querer ter começado hoje Linha do tempo real Brilhava como cristal A falta de empatia cria - lima o conceito final Ideia que me oponho Muleque tem pai e mãe mas nenhum deles acredita nos seus sonhos Chuva cai bem Minha chuva vai e vem Meus olhos gritam Minha boca cala As marcas vão e vem Num núcleo contra o bem E sei que às vezes também Eu não entendo essas marcas