Ô-ô-ô-ô-ô-ô Atenção, irmão! Tu não vês no rosto do pobre A dor que se encobre matando o seu ser? Tu não vês a face sofrida De gente oprimida querendo viver? Tu não vês crianças sem nome Sozinhas, com fome, sem rumo e sem pão? Precisamos mudar nosso olhar Para ver com amor e com fé nosso irmão! Tu não ouves barulhos de passos Gerando fracassos, pisando o menor? Tu não ouves notícias de guerra Jogando por terra o sangue do amor? Tu não ouves os tristes lamentos De homens sedentos de libertação? Precisamos de novo escutar Escutar no silêncio, com muita atenção Ó Pai, ensinai-nos ser filhos Ensinai-nos também ser irmãos! Ó Pai, ensinai-nos ser filhos Ensinai-nos também ser irmãos! Tu não vês o irmão operário Com baixo salário, aflito em seu lar? Tu não vês o mal da cobiça Gerando injustiças, pensando em matar? Tu não vês chegar nossa hora Que Deus quer agora os homens irmãos? O egoísmo deixemos de lado fazendo a paz Vamos dar-nos as mãos! Tu não vais rever teus projetos Rever teus afetos, teu modo de agir? Tu não vais olhar teus caminhos Se andas sozinho ou estás por cair? Tu não vais unir-te a teu povo Na luta do novo, de um mundo melhor? Vem conosco juntar tuas mãos Na conquista da paz, afastando o temor Ó Pai, ensinai-nos ser filhos Ensinai-nos também ser irmãos! Ó Pai, ensinai-nos ser filhos Ensinai-nos também ser irmãos! Ser irmãos!