O tempo urgiu e eu me vi Parado, contemplando meu futuro Argila em minhas mãos Nascente de um riacho Que transborda e borda O mapa que me guia Pra fora da razão E se eu tivesse como decifrar o mundo Sem ocupar os meus segundos? E se eu cair no abismo que se forma em mim Quando não posso ver o fim Nem posso escolher? Hoje eu queria ver você Pra conversar, sorrir e então, quem sabe Escrever uma canção Que fale sobre o quanto eu Preciso de você nos meus invernos De toda estação Queria te contar que sem você no mundo Eu tenho só meu violão E nem tudo o que sai de mim Vai transformar em som As coisas que me doem Por esses dias de trovão A lágrima vai escorrer Do rosto de quem sorriu E vai cair no chão E então vai se perder Pra sempre, pra sempre