Contra um céu desbotado Minhas juras voam alto Amarelo e laranja Tudo que é sobrado O gelo do sopro vazio O sereno do cerco mais frio Atraqueando as janelas do sul Num compasso cru Pelo amor dessa cidade Pelo resto da vontade Não se prega um martírio Sem que haja luta de verdade E nessa casa ninguém vai botar o pé Não quero ver alguém aqui dentro Além dessas quatro paredes Só existe o tempo e o vento Ergue na ponta do poncho Os delírios secos pelo sangue morno E deixa escorrer! Esse é o meu lugar Ninguém vai tirar E à quem vier depois de mim Toda a glória Esse é o meu lugar Ninguém vai tirar E à quem vier depois de mim Toda a glória Nada vai tirar O que está Em seu lugar e nada Vai negociar Quando não há O que vender por nada Pouco vai mudar Me implorar Não haverá palavras São minhas raízes Meu espaço Minha casa! Nada vai tirar O que está Em seu lugar e nada Vai negociar Quando não há O que vender por nada Pouco vai mudar Me implorar Não haverá palavras São minhas raízes Meu espaço Minha casa!