Deste-me a tua morada Rua da Amargura Miserável estrada Dizes que o Tejo te enfada Eu na margem certa ... Tu na porta errada Partes a telefonia Se a rádio hoje em dia passa B Fachada Tudo te põe mal disposto Mas se de ti gosto Não te digo nada Dizem que o amor é cego Este é meio mouco não ouve o que digo Mesmo surdo não te nego Falo pr'ó boneco Vou ficar contigo Dizem-me que és errado És meio atrasado Tens um grande ego Digo que estou no direito De te achar perfeito Viro o bico ao prego Tudo te põe doente Eu gosto por seres diferente Tudo me põe feliz Basta empinares o nariz Fazes frete Eu faço frente Ao teu ar de doente acamado Franzes o sobrolho Eu digo que te escolho aqui ao meu lado Deste-me a morada certa Rua da Amargura Mas com a porta aberta Foste ao Tejo à descoberta Nós na mesma margem Tu em parte incerta Vais mudar a meu pedido Estás comprometido E eu já estou deserta Dizem que a pose indolente É defeito recente e sou eu quem conserta Tudo te põe doente Eu gosto por seres diferente Tudo me põe feliz Basta empinares o nariz Fazes frete Eu faço frente Ao teu ar de doente acamado Fazes o sobrolho Eu digo que te escolho aqui ao meu lado