Com aquela atitude da frente da linha Ignoro competição, sozinho na corrida Não tenho mais pernas, nem é da estamina É de querer ser eu no final dessa vida Tenho aquela força que carrega Opõe-se àquela fossa e o meu ego não tropeça O truque é ser eu e sou eu quem governa O cerne da questão sou eu quem dilacera Não desvalorizo o valor da alcateia Só exercito e sinto que o meu chakra norteia Faço fintas a essa plateia Vejo o reflexo de um homem Sem rédeas nem teias Então até te benzes como os crentes nesta nova panaceia Sao sementes em cimentos onde não crescem ideias Ciumentos com os seus dentes amarelos às ameias Sem argumentos tão contentes a seguirem as fileiras Tão sedentos por talento sem fecharem a moleira Impotentes com os seus tentos contra as vazas que aí vêm As vagas que aí vêm Então larga à corrente E nada e contraria Só não perde a força quem não vai na corrida Não é ter mais pernas nem é da estamina É de querer ser eu no final dessa vida Então larga à corrente E nada e contraria Só não perde a força quem não vai na corrida Não é ter mais pernas nem é da estamina É de querer ser eu no final dessa vida Fiz um esforço Hercúleo para isto Sólido como a pedra mano eu não desisto No topo desse monte o derradeiro juízo Olhei para Medusa e pus no álbum o castigo Tenho essa fome pelo que não existe Procuro no escuro, acredita, não vou por capricho Sozinho eu sprinto na pista Sou eu contra eu, sou narciso e egoísta Então queres aprender, vem Também queres evoluir mas sem que privem Queres ser isso tudo até convém Conseguir que os teus sonhos te elevem Mas a receita vem no precipicio Fui alquimista com medos Despi artifícios Rompi a correia ao cilício Guardem num vaso canopo o meu olho egípcio E é aí que eu volto de morto só para mais um esforço Juntos os órgãos deste corpo desse vaso canopo Viralizo mais um pouco deixo a gera em desgosto Sou preciso nesse poço, terra até ao pescoço Solto a tinta neste fosso, cobras em alvoroço Pego nesse esboço tosco, faço um crânio desse osso Dou-te nervo ao hipoglosso Podes usar esse hipoglosso Então larga à corrente E nada e contraria Só não perde a força quem não vai na corrida Não é ter mais pernas nem é da estamina É de querer ser eu no final dessa vida Então larga à corrente E nada e contraria Só não perde a força quem não vai na corrida Não é ter mais pernas nem é da estamina É de querer ser eu no final dessa vida