De um gaúcho a pé e a pêlo Que a patas a pampa transpassa Herdei a gana de andarilhar De Anas sem terras por eras A força e a dor que ocultam Herdei o dom de acaudilhar O som do leguero anuncia a distância Cada vez mais lejana da estância Que por bradar-se demais Herdarei o silêncio Y nada yo lo hago con fronteras que me dan Além de as trançar Como as crinas do zaino E a raiz dos cinamomos Como os galhos do umbu Y nada yo lo hago con obeliscos que me dan Além de os fundir Como nosso sangue Como a ideia do que somos Como trovar o tabu E o gaúcho a pé Que segue a caminhar Longe atravessa Herdei desejo de olvidar Desse laçador franzino Sem pelea Contemplando o vazio Herdei o dom de admirar Olhos de Guaíba Almas de Rio Uruguai Um sul transborda em mim Dança com o vento e se vai Marcas sempre vão ficar São costuras do tempo Y nada yo lo hago con fronteras que me dan Além de as trançar Como as crinas do zaino E a raiz dos cinamomos Como os galhos do umbu Y nada yo lo hago con obeliscos que me dan Além de os fundir Como nosso sangue Como a ideia do que somos Como trovar o tabu