Kishore Kumar Hits

Preto Tipuá - Silêncio lyrics

Artist: Preto Tipuá

album: Sinais em Grades - 3º Ato


Faça silêncio, olha quem chegou
Brilho do Sol revela quem sou
Luz da minha pele: Ouro brilhou
Silêncio é arte, escute Atotô
Faça silêncio, olha quem chegou
Brilho do Sol revela quem sou
Luz da minha pele: Ouro brilhou
Silêncio é arte, escute Atotô
Àgò peço pra entrar na sua casa
Sua morada pessoal: Cabeça
Vim pra cantar nosso conteúdo
De onde viemos, peço-te: Não esqueça
Um dia nós estivemos em casa
Com nossa cultura, nossa riqueza
E nos castigaram sem termos culpa
E nos impuseram sua realeza
Então nós dançamos de forma oculta
Ìyá, nossa língua foi humilhada
Eles a chamaram de dialeto
Mas graças a nós ela tá firmada
Jamais a chamarão língua morta
Nós temos essência de existência
Somos os primeiros, a casa é nossa
Por isso é magia a nossa ciência
Que nunc' te falte memória boa
E que tua postura não esteja a venda
Que o teu olhar esteja esperto
Jamais deixe que voltem a venda
Jamais deixe que voltem a venda
Jamais deixe que botem a venda
Jamais deixe que te ceguem com a venda
Então se preciso mate para vida
Do seu próprio seu povo, é a sua defensiva
Monte seu Kilombo, sua moradia
Una-se com os seu e busque autonomia
Não permita que as nossas cabeças
Tombem pelas mão do nosso inimigo
Seja importante, seja necessário
Seja único, seja coletivo
Seja rugido, não seja miado
Seja cerastes, jamais seja um rato
Ao falar que tu seja escutado
Não faça barulho, seja afinado
Pontual como a sombra do Sol
Incomode olhares como terçol
Seja peixe que não mexe em anzol
Seja erva, não paracetamol
Incomode olhares como terçol
Como ter Sol?
Como ter Sol?
Como ser (só) l?
Tava pensando aqui como que essa gente feia
Conseguiu fazer meu povo acreditar que era feio
Tava pensando aqui que a rima deles é coxinha
Daquelas que você morde, só em massa e não recheiO
Vou te acertar no meio, cada rima minha é um soco, e
Nquanto as mina pede soca, eu não posso perder o foco
Vim construir um império, levantado no silêncio
Tomo um banho de pipoca e na batalha eu não pipoco
Provoco ojeriza nessa gente facista
Que balança sua bunda na pista
Que odeia a cor da minha pele
Mesmo assim grita: Fogo nos racista
HIP HOP pra mim é um Orixá
O palco extensão do meu Ìlé
É espaço pra gente celebrar
O que quase ninguém consegue ver
Sou malungo que brinca feito Erê
Com as palavra encanto igual magia
Tô na bênção do Velho, atotô
Medicando tua dor com poesia
Minha presença causa agonia
Em colonizador que tem fobia
E pros nossos suceeso e autonomia

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