Kishore Kumar Hits

Preto Tipuá - Jazz de Kilombo lyrics

Artist: Preto Tipuá

album: Sinais em Grades - 3º Ato


Eu aprendi sobre respeito ameaçado de tapa
Obedece ou vai ter taca
Me apertaram, eu risquei faca
Eu quase matei um dos meus, neguin
Seria educação fraca
Seria educação
Herança colonial, me fez ter ódio sem cor
Direcionada e a dor? Causada, e quem causou
Caucasianos, senhor! Não se submeta, pô
Naturalize o seu rancor, louve o seu próprio amor
Princípios de luz já somos, todavia jamais postes
Marcantes como cometas, eles meros holofotes
Passageiros (né?), dependes
Apontando onde tem festa
E o que temos a festejar
E hoje estamos (né?) conscientes
E quem diabo nós seremos
Tendo e não compartilhar
(Vermes... E quem diabo nós seremos?)
Há dez do teu lado fingindo e um de mais longe te apoiando
Conexão é igual vinho, velho caro se espalhando
Hades sei que és um menino, mas tuas ideias, meu mano
Dizem o quão tu é mais velho, fora quantidade de ano
Nos batidão de jazz, me sinto Django, livre
Livrando leigos negros desses brancos, me vi
Um dia negando quem sou, mas Malcolm vive
E jamais volto a ser cristão, Ògún me livre
E pra buscar o equilíbrio em meio a crise
Busco ser um pulso ancestral porque eu não tive
E pra Obá hoje sou o pai que sempre, quis ter
A meta é ser um ancestral depois que eu morrer
A meta é ser um ancestral depois que eu morrer
A meta é ser um ancestral
Passo por passo eu trilho na encruzilhada
E no meio da madrugada já não é mais confortável
Pois na adolescência isso era interessante
Mas hoje com minhas metas já não é mais favorável
(Isso é)
O impacto de ser mais um, dado dos cu
Do Estado, não importo, sou número, potente
Mas sou número, potente, mas sou número
E quando as luzes se apagarem aqui só restará meu brilho
Abram-se as cortinas, sou o equilíbrio
Desvendo o mundo com o tato, sem contatos ou trato, aperto
O gatilho por quem defende meu nome sem eu tá perto
As ruas viram eu voltando sozinho pra casa
As duas da manhã, observando
As luas ouvindo eu me lamentar
Me corrigir e questionar se esse lugar de fato me pertence
No fone a do Cab toca pra lembrar
O quanto odeio qualquer coisa que respire
Me ensinaram desse jeito, perdão
Tô correndo sem saber a direção
Tô morrendo em cada linha, é minha redenção
Tô surtando e eles julgando só o quanto sou bom
Tu quer ser o melhor pra quê? Melhor pra quem
Tu quer ser o melhor pra quê?
Minha vida é um freestyle desencaixado do beat
Uma mãe despreparada que não sabe porque bate
Ou um pai que foi embora e tá em algum lugar da city
Não provoque a ira dos teus filhos, King, 2019
Arrepios na pele a reis que desconhecem o trono, força
Uh, sejam bem vindos ao quilombo
Desinformação é aquelas coisa, padrão de ensino falho
Um brinde as crianças questionadoras
Igual eu, tem poucos
Tenho pensado em como e aquilo que eu passo pra quem me ouve
É por isso que calculo a próxima jogada
Escolhendo qual personalidade eu vou usar hoje
Agora que sei que posso eu vou viver pra sempre, essa é a meta
Te passo a visão pra que meus erros não cometas
Viajando pelo céu, destinados a queda
Agora que sei que posso eu vou viver pra sempre, essa é a meta
Te passo a visão pra que meus erros não cometas
Viajando pelo céu, destinados a queda

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