Fortaleza é nossa, meu bem Mas nem por isso eu tô na boa Não sou seu eu sou de alguém Que já pertence a outra pessoa Eu sou aquele que traz a sorte Ou o azar a quem nega um desejo de morte Eu fui, eu vim na cidade torta Mas todos os seus reis me fecharam as portas Nós não somos iguais a você que fica na sua calçada envergonhada Dizendo que sente dó Esperamos o melhor daqui Minha esperteza cedeu E ainda dizem que sou mal Pregam que o sonho morreu De Iracema a Portugal Já fui preto e hoje rodo a saia Sou filho de Caetano, neto de Tim Maia Quando eu passo por você seu olho azul finge não me ver Nós não somos iguais a você Que fica na sua calçada envergonhada Dizendo que sente dó Esperamos o melhor daqui A minha vida é um dado viciado que pertence ao meu rival Quem acredita só alcança se cantar sem errar o hino nacional Eu voltei pra te dizer que não existe quem grite mais alto que nós, vamos ver quem ganha a guerra de sobreviver Nós não somos iguais a você que fica na sua calçada envergonhada Dizendo que sente dó Esperamos o melhor daqui