Tempo se apressa até de mais receio Tempo se apressa até de mais E eu fazendo planos pra um futuro tão incerto Moldando castelos como areia no deserto É passageira essa concepção de mundo Às vezes dura um ano, às vezes um segundo Vivendo me confundo nesse mar de informações Nem sei se o clima ainda obedece as estações Tudo muda o tempo todo são constantes mutações Erros no presente alguns vêm de gerações Causa e consequência Um estímulo à frequência Vai além de aparência e aparições E eu pensando aqui, olhando a posteridade Como construir pra que no futuro agrade A ampulheta escorre com velocidade E a vida não é uma futilidade E eu criando versos e expulsando eles da boca Gritando aos quatro ventos sem saber se vão ouvir E se me ouvirem e a mensagem ainda for pouca Louca incerteza que não deixa de existir Tempo se apressa até de mais receio Tempo se apressa até de mais E eu fazendo planos pra um futuro tão incerto Moldando castelos como areia no deserto É nostalgia e as vezes ansiedade Confuso nem sei se sonho ou se vivo a realidade Planos e mais planos, alguns ficam pra mais tarde Tem horas que eu não consigo explicar toda minha arte E é um olho no passado um no futuro Deixando sempre o presente obscuro Talvez minha mente não seja um lugar seguro Mas de repente encontro aquilo que procuro Quanto mais eu olho pro tempo mais ele passa Sigo como artrópode trocando a carapaça Me habituando ao ver que o mundo se disfarça E é tudo um jogo de armadilhas e trapaças Moldo algumas coisas mas não moldo meus valores Minha alma enxerga pensamentos promissores Somos receptores Se a vida bate então que rufem os tambores Transformo em alegria as dores