Mas que inquietação Querer o que não se tem A inveja é um veneno Que não deixa ver o bem Dar um dedo e querer a mão Ser feliz ou ter razão No final de contas Todos nós havemos de ser pó E porque é que ninguém pára para ver Que o que temos pode até ser demais Que ganância e ambição São palavras desiguais Deixar o que já lá vai E olhar para o que aí vem Não há sina que descubra o que não sabe ninguém Saber rir se é pra chorar Parar para contemplar Deixar o que não importa Porque um dia será pó E porque é que ninguém pára para ver Que o que temos pode até ser demais Que ganância e ambição São palavras desiguais Dois acordes chegam pra cantar E se chegam pra viver Para quê querer sempre mais Se a beleza está em ser Simples como o coração Como um livro, uma canção Como a vida que é bonita demais para não se olhar... Mas que inquietação Querer o que não se tem A inveja é um veneno que não deixa ver o bem