Nos braços da montanha Adormece um dragão E as luzes da aldeia Enchem de brasa o pulmão Onde as estrelas caducam Povo que não aterra Prisioneiro sem guerra Entre grades e algas Afoga as ondas na alma Minha boca de sal Leva os lábios à areia Em cada sombra que a tarde encerra A espuma engole a terra Onde houver um princípio Pode haver um naufrágio Princípio Naufrágio Promessa no cais É asa por dobrar Lenço por acenar Devolve a costa ao mar Minha boca de sal Leva os lábios à areia Em cada sombra que a tarde encerra A espuma engole a terra Onde houver um princípio Pode haver um naufrágio Princípio Naufrágio