A toxina flui pelas veias de um indivíduo morto numa esquina Agarrado a uma seringa dispensado pela vida, olho para o lado siga Não páro, não olho, não quero ser uma testemunha da cidade Ninguém sabe o que é a verdade mas toda a gente sabe Que a mentira é lavável, mentes curtas são fáceis de ruir A sério! Não estou a mentir apesar de rir de tudo Sou cego, surdo e mudo No silêncio está a farsa e a virtude anda fraca Deslizo pela cidade de maca, sem makas A chuva ácida é o meu soro e o fumo negro é meu dono Um adorno na existência que reprovo enquanto o meu povo morre Continuo sóbrio, conformo-me com o óbvio, apago o meu código Alimento o teu ódio, fico paranóico Mais perto de mim morto Mais longe de mim próprio Vaaaaai! Tenta a tua sorte na cidade grande Saaaaai! De dentro p'ra fora de nunca p'ra sempre Caaaaai! Da colina verde para o chão cinzento Aaaaaai! Não consegues vingar-te nesse sustento Quanto queres pela tua liberdade? Quanto pedes pela tua sanidade? Fica d'olho bem aberto, protege a tua enquanto eu entretenho Ninguém p'ra te dar conforto, tens de aguentar Vida de cidade é um esgoto, não tens de ficar Hienas olham de lado, ninguém sabe quem é quem A desconfiança é tal, não importa de onde vens Vaaaaai! Tenta a tua sorte na cidade grande Saaaaai! De dentro para fora de nunca para sempre Caaaaai! Da colina verde para o chão cinzento Aaaaaai! Não consegues vingar-te nesse sustento Aaaaaahhhh! Aaaaaahhhh! Aaaaaahhhh! Aaaaaahhhh!