E pra onde vais, ó luar que brilha Quem deixais ao beiral da porta Por onde andais, ó amada minha Se é de noite e o luar se nota Já fui lá contar estrelas Com a ponta da minha espada Quando olhei era meia noite Acabei já de madrugada Penas, se esta água Não andasse turva Saberias que pus moeda Onde nadam as tuas queixas Água que é da vida Leva-a a ribeira Quem levavas, tu já não levas Quem deixavas, não mais a deixas E há quem jure que a cobiça É um atalho prá aflição Mas se eu levo a alma mortiça É por pisares-me o coração Há quem sonhe com aranhas Quem as note coloridas Podem até ser sedutoras Que eu não gosto de atrevidas Penas, se esta água Não andasse turva Saberias que pus moeda Onde nadam as tuas queixas Água que é da vida Leva-a a ribeira Quem levavas tu já não levas Quem deixavas não mais a deixas Penas, se esta água Não andasse turva Saberias que pus moeda Onde nadam as tuas queixas Água que é da vida Leva-a a ribeira Quem levavas tu já não levas Quem deixavas não mais a deixas Penas, se esta água Não andasse turva Saberias que pus moeda Onde nadam as tuas queixas Água que é da vida Leva-a a ribeira Quem levavas tu já não levas Quem deixavas não mais a deixas