Chegaram os santos E os meus pecados são tantos Pego fogo à avenida E a quem traz medo da vida Chegaram as férias Aviadas as artérias Baila o tolo com a criança Toda a miúda linda dança Ai, a mim ninguém me pára Mês de Junho é mês de farra Não se nega uma aventura Ai, de mim ninguém duvida Vai meu barco de saída Dar boas vindas à bravura Chegaram os novos Com saberes de muitos povos Vêm vergar a obra suada Valerão o que nos derem Chegaram os livres Minuciosos como ourives Diz que vêm mundos claros Têm paixões e modos raros Ai, a mim não me preocupa Quem viu céus incendiados Viu oceanos de secura Ai, até fico agradecido Para o sovado Para o traído Não há melhor que pedra dura Todos aos santos Ai-i-ó-ai, lari-lo-lela Todos ao Porto Ver se a tradição impera Todos aos santos Ai-i-ó-ai, lari-lo-lela Todos a Alfama Ver se a tradição nos chama Vivas aos santos! Ai-i-ó-ai, lari-lo-lela Vivas ao Porto! Onde a tradição impera Vivas aos santos! Ai-i-ó-ai, lari-lo-lela Vivas a Alfama! Onde a tradição nos chama Vivas ao novos! Ai-i-ó-ai, lari-lo-lela Vivas a todos arribados a esta terra Vivas ao novos! Ai-i-ó-ai, lari-lo-lela Vivas ao livres que hão-de herdar a nossa guerra