Se Deus quiser, vou-me embora pro sertão (Se Deus quiser, vou-me embora pro sertão) Pois a saudade me aconselha o coração Manda que eu vá convidar dona Chiquinha Para ser minha madrinha na fogueira da São João (Manda que eu vá convidar dona Chiquinha) (Para ser minha madrinha na fogueira da São João) Chegando lá Desabafo minha mágoa Encho uma garrafa d'água Depois enterro no chão Peço a São João Que apele pro Soberano Que é pra ver se para o ano Chove cedo em meu torrão (Peço a São João) (Que apele pro Soberano) (Que é pra ver se para o ano) (Chove cedo em meu torrão) Caboclo humilde e roceiro, disposto trabalhador No remexer da sanfona, escuto este cantador Que no baião fala ao mundo teu grandioso valor (Que no baião fala ao mundo teu grandioso valor) E tu, caboclo, que vives com a enxada na mão Trabalhando o dia inteiro com a maior diversão Sem invejar a ninguém, satifeito a trabalhar Cada vez mais animado Esse teu suor pingado Grandeza e honra e honra te dá Na tua humilde palhoça só se vê felicidade E quando chegas da roça Que sentas mesmo à vontade Pra comer teu prato feito Na mesa, ou mesmo no chão A filharada em rebanho O teu prazer é tamanho De quem possui um milhão Aqui nesta vida humana Ninguém é melhor que tu Escuta esta homenagem De um cabra do Pajeú E outro do rio Brisda Dos Carrascás do Exú (E outro do rio Brisda) (Dos Carrascás do Exú)