Eu sou filho do mato Apostei no meu arco Sou fulô de riacho Gavião de penacho Sou de dentro do mato Terra mãe me criou Eu sou da tribo derradeira A quem bala de cartucheira Perseguiu e matou E feriu seu andor Não me tome o tacape Nem a cor dos cocares Nem o tom dos luares Dos caminhos por onde vou florar Afora Toda vida que se encerra No seio dessa terra Sempre foi de índio A pintura na cara A pureza da fala Eu sou e vim pra ser índio Eu sou índio Eu sou filho do mato Apostei no meu arco Sou fulô de riacho Gavião de penacho Sou de dentro do mato Terra mãe me criou Eu sou da tribo derradeira A quem bala de cartucheira Perseguiu e matou E feriu seu andor Não me tome o tacape Nem a cor dos cocares Nem o tom dos luares Dos caminhos por onde vou florar Afora Toda vida que se encerra No seio dessa terra Sempre foi de índio A pintura na cara A pureza da fala Eu sou e vim pra ser índio Eu sou índio