Essa estranha rocha que habitamos todos Que estremece às vezes, que corre veloz Girando, girando, girando no nada Dizem os poetas que ela é sonho Astronautas dizem que é azul Seres muito estranhos juram que ela é plana Eu digo que nada sei Sendo apenas passageiro da viagem Sigo iluminado em estado de vertigem Toda vez que vejo os astronautas Sigo abandonado em solidão Sempre que ouço poetas Mas seres estranhos me fogem à compreensão Quero a Terra, essa dos poetas E a imensidão do espaço sideral Viajar no nada em torno das esferas E sorrir pro universo e tudo que estiver além E sumir no vazio desse sorriso Amém