Elas vieram cruzando os mares, vivem aqui em nossa aldeia Uma, na mansão de bárbara, outra no lar das candeias Na vivenda de Ana, reside a mais velha Na de pele africana, Maria aparecida Se hospeda a mais bela, a minha mãe querida Quando às lufadas, o vento canta, uma vira bailarina Outra, quando o mar levanta a voz, rodopia na areia Mãe dança com o rio, a outra espera o poente E na escura lagoa dançam um bailado ardente E quando o atabaque soa, dançam dentro da gente Vieram nos pilares dos seus templos Na escuridão dos negreiros Foram erguidos altares nos corações dos herdeiros Donas dos quatro elementos sob esse manto azul Cuidam do firmamento do cruzeiro do sul Elas se movimentam no vasto céu de olorum E quando o céu, em lua cheia, acende suas catedrais Elas se divertem na areia e dançam à beira do cais Minguante, elas voltam sereias e são nossas anfitriãs E na lua nova na aldeia, retornam as irmãs cristãs E quando o céu, em lua cheia, acende suas catedrais Elas se divertem na areia e dançam à beira do cais Minguante, elas voltam sereias e são nossas anfitriãs E na lua nova na aldeia, retornam as irmãs cristãs