Venho levando a vida no fio da navalha Parece mandinga uma coisa que espalha Parece que um trem vem bufando por trás de mim Saio pisando cedo na mesma sandália Vivendo de bico, consertando calha Pedindo pra chuva cair sem parar por aí Nada de devaneio, é um olho por olho Um dente por dente, a barba de molho Fingindo inocente pra não desandar, prosseguir Mas meu amigo eu digo, o que eu não consigo É me ver caído, é perder a mão, não, não! Nada que justifique eu ter um chilique Ficar sem pique ou virar ladrão, eu não! Pois lá no fundo algo me diz Que serei feliz, feliz Pois lá no fundo algo me diz Que serei feliz, bem feliz!