Quando Pero Vaz de Caminha
Descobriu que as terras brasileiras
Eram férteis e verdejantes
Escreveu uma carta ao rei
Tudo que nela se planta, tudo cresce e floresce
E o Gauss da época gravou
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga, estreita e torta
E do joelho uma criança sorridente, feia e morta
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina e faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração balança um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil auto-falantes
Senhoras e senhores
Ele põe os olhos grandes sobre mim
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
♪
Eu vejo na TV e aposto que você também vê
Explicações, milhões de deduções absurdas
Numa história que se torna
Cada vez ma-ma-ma-ma-mais imunda
Como não? Deves pedir perdão
Não tem explicação, não há uma solução
Errar é humano, errar humano é
Se persistir no erro é algo que ninguém merece, burrice
Burrice eu não desejo a ninguém
Tem gente do teu lado que te faz ir mais além
Gente do teu lado que te faz ir mais além
Se for voar bem alto, lembra de não ser refém
Mas com o pé no chão, lembre de enxergar além
Domingo é o fino da bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça, porém
O monumento é bem moderno
Não disse nada do modelo do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
Viva a banda, da, da
Carmem Miranda, da, da, da, da
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