Nessa hora sublime, as aves em festa Osculam alegres os verdes arminhos Cobrindo de plumas os vastos caminhos Que vão para o cimo das grandes florestas Selvagens trinados relembram serestas Arpejos jogados a luz do luar Visões que obrigam minha alma a sonhar Como as ondas turvas dos mares revoltos Onde os seres brincam alegres e soltos Nas largas viagens na beira do mar Vi blocos de gelo que imitam penedos E altura imensas e feitios belos Montanhas de areia, enormes castelos Camadas de sais a formarem rocheiros Retratos de vírus e grande segredos Que sábio nenhum conseguiu revelar Há ervas marinhas que formando o ar Palmeiras esbeltas, antigos coqueiros De leques abertos imitam guerreiros Guardando a fortuna do fundo do mar Furacões enormes, ondas revoltadas Pedras gigantescas, areias em brumas Tapetes em lodos, ousares e espumas Tubarões famintos, baleias piradas Canoas perdidas, barcaças quebradas Velhos fragmentos portando o lugar Há porcos marinhos voando no ar Sentindo o mal cheiro de ossodas remotas São restos mortais de alguns patriotas Estão sepultados na beira do mar Na beira do mar