Ê, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz Ê, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz Ô, boi Vocês que fazem parte dessa massa Que passa nos projetos do futuro É duro tanto ter que caminhar E dar muito mais do que receber E ter que demonstrar sua coragem À margem do que possa parecer E ver que toda essa engrenagem Já sente a ferrugem lhe comer Ê ô ô, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz (Ê ô ô, vida de gado) (Povo marcado, ê) (Povo feliz) Lá fora faz um tempo confortável A vigilância cuida do normal Os automóveis ouvem a notícia Os homens a publicam no jornal E correm através da madrugada A única velhice que chegou Demoram-se na beira da estrada E passam a contar o que sobrou (é o Brasil) Ê ô ô, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz Como é que é? (Ê ô ô, vida de gado) (Povo marcado, ê) (Povo feliz) Ô, boi O povo (foge da ignorância) Apesar (de viver tão perto dela) E sonham (e sonham com melhores tempos idos) Contemplam (contemplam esta vida numa cela) E esperam nova possibilidade De verem esse mundo se acabar A arca de Noé, o dirigível Não voam nem se pode flutuar Não voam nem se pode flutuar Não voam nem se pode (flutuar) Ê ô ô, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz Eu quero ouvir (Ê ô ô, vida de gado) vida de gado (Povo marcado, ê) povo marcado Povo feliz Feliz Feliz Feliz Ô, boi