CEGO DE AMOR Modinha do século XIX Essa dor me desconcerta Dores que já não suporto Já não suporto essa dor e esse fel Tudo que eu serei, será por ti Tanto eu fiz para o teu bem Sonho nenhuma mais cabia Só alegria vivia sob o céu Hoje não suporto esse fel Quantas luas voz me dedicais Dessas luas de Minas Gerais Eu desenhava teus beijos Nas neblinas e azulejos E agora eu sou apenas Uma sombra dos desejos Oh! Que destino impiedoso Que seca as ruas e a flor Oh! Que destinos cruéis de amor Que apaga as cores e a cor Lembro a ti se a noite chega Doi demais, essa dor não passou Só a ti é o que mais quero Se não queres, inda vou querer Eu entro a noite fechada Onde eu possa, enfim, te ver Quantas luas voz me dedicais (...)