As mulheres lá do Vale são benditas e reizeiras São honestas lutadoras, professoras e raizeiras As mulheres lá do Serro são divinas cozinheiras Fazem queijos e orações, procissões mas ladeiras As mulheres de Diamantina são senhoras seresteiras Elas fazem tapetes, são garimpeiras e festeiras As mulheres de Chapada são honradas companheiras As mulheres de Minas Novas são tão novas congadeiras As mulheres de Berilo são tão boas tecedeiras As mulheres de Campo Alegre são alegres bonequeiras As mulheres lá do Vale sabem fazer brincadeiras Dançam fitas, jogam verso, são fiéis e casadeiras As mulheres de Araçuaí são dos corais, são cantadeiras Camponesas, canoeiras, são freiras, são benzedeiras As mulheres de Jordânia, Joaima e Bandeira De Salinas e Almenara, são tão raras brasileiras As mulheres de Itamarandiba, Itaobim e Taiobeiras De Rubim e Rubelita, são tão bonitas essas mineiras As mulheres lá do Vale tem doçura e são doceiras Plantadoras, vendedoras, são feirantes e feireiras As mulheres lá do Vale são viúvas sem fogueiras Na espera dos maridos, lavradoras, lavadeiras Bailarinas, forrozeiras, rezadoras, curadeiras As mulheres lá do Vale são doutoras e parteiras As mulheres lá do Vale são artistas dançadeiras São irmãs e amigueiras, artesãs, trabalhadeiras