Chegaste, abri as portas desde mundo em que me vês, Este imenso mar... Que a alma é um corpo nu, é um livro aberto e a nudez, Versos por contar. Pra quê falar se os olhos têm tanto pra dizer, Como os teus, amor. A vida deu-te aos olhos um retrato de mulher, Já o sei de cor. Sei dos mundos presos no calor da tua mão E a cada canção os vou escrevendo Sei dos dias frios que a solidão te foi vestindo Dispus pra te ver Sei porque adivinho-te dormindo. Sei porque adivinho-te dormindo. < Instrumental > Aqui passam-se os dias, nada em existe em meu redor Sem te ter, mulher Olhar-te a fundo, a alma, o rosto e ouvires chamares-me "amor", Mesmo sem querer. Lá fora, a voz do vento, na janela, a soluçar Faz-se ouvir aqui. E diz-me que a manhã te traz assim, mais do que amar! Vou esperar por ti... Sei dos mundos presos no calor da tua mão E a cada canção os vou escrevendo Sei dos dias frios que a solidão te foi vestindo Dispus pra te ver Sei porque adivinho-te dormindo. Sei porque adivinho-te dormindo.