Desce, que decresce a minha luz E a cinza eleva os tons de cinza. Desce, que me entristece e que reduz O resurgir breve e sem luz Da alma insana e desanima. Não, não há razão pra este descrer, Ser o próprio chão onde morrer. Finjo ser o cerco e me restrinjo à minha sombra Não sou eu a voz que em mim me assombra. Desce, que me acresce o teu pesar Não sei estar senão perdido. Desce porque desce o peso firme E mesmo ausente não reviro O fim do fio a aproximar. Não, não há razão pra este descrer Ser o próprio chão onde morrer Finjo ser o cerco e me restrinjo à minha sombra Não, não sou eu a voz que a mim me assombra! Finjo ser o cerco e me restrinjo à minha sombra. Não sou eu a voz que em mim me assombra! Desce, que decresce a minha luz.