Tô num lugar comum Onde qualquer um se esconde Pra fazer a frase feita E sentir os efeitos colaterais Tô em lugar nenhum (Onde??) Onde qualquer um se esconde Pra fazer a frase feita Contrabando de uma seita oriental Não tenho estado muito em casa ultimamente Nem me lembro quanto tempo faz Aprendi a não olhar pra trás Eu conto as horas que passam Eu conto estrelas no céu Na solidão das noites sem graça Nos quartos de hotel Como se chama essa cidade? Como se chama a atenção De uma cidade que dorme Enquanto a gente, infelizmente, não? Bobeiras na noite, noites inteiras Pensando bobagens, bebendo besteiras Sem companhia, sem companheira Nos quartos de hotel A cada cena as paredes mudam de cor No quarto quase escuro À luz apenas do aparelho televisor (Espelho retrovisor futuro) A duras penas eu apago a televisão O quarto fica quase escuro Iluminado apenas pela letra "H" Da palavra "HOTEL" Escrita em neon Amanhã, numa cidade diferente Não haverá diferenças no ar As noites passarão do mesmo jeito As estrelas estarão no mesmo lugar Como se chama essa cidade? Como se chama a atenção De uma cidade que morre Enquanto a gente mente que não? Meias verdades, noites inteiras Bebendo bobagens, pensando besteiras Sem entender o que sempre acontece Nos quartos de hotel A cada cena as paredes mudam de cor No quarto quase escuro À luz apenas do aparelho televisor A cada cena as paredes mudam de cor No quarto quase escuro À luz apenas do aparelho televisor Pra chamar a atenção de quem passa na rua Contando as horas que passam Contando estrelas no céu