Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho o chimarrão
Procurei a noite na memória, procurei em vão
Hoje eu acordei mais leve, nem li o jornal
Tudo deve estar suspenso, nada deve pesar
Ainda era noite, esperei o dia amanhecer
Como quem aquece a água sem deixar ferver
Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda
Verde, quente, erva, ventre, dentro, entranhas
Mate amargo, noite adentro, estrada estranha
O melhor esconderijo, a maior escuridão
Já não servem de abrigo, já não dão proteção
Holofotes iluminam, a libido e o vírus
O poder, o pudor, os lábios e o batom
Que a chuva caia como uma luva
Um dilúvio, um delírio
Que a chuva traga
Alívio imediato
Que a noite caia, de repente caia
Tão demente quanto um raio
Que a noite traga
Alívio imediato
♪
Ilex paraguarienses
Ilex paraguarienses
Relax, agora paciência...
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