O escritor chegou, se sentou na mesa Olhou o café, mas não tomou Então falou, sobre eternidades Páginas viradas Amizades gravadas em cartas que enviou O escritor falou Entre doses de ironia e humor Riu, quase chorou Disse que não gosta de sair Mas que saiu pra fugir da empregada Que fazia a faxina da casa Enquanto ele passeava Desarrumando a tarde ♪ O escritor falou dos muros do coração E os destemperos da razão Enquanto as horas voavam Como furacão O escritor contou Entre doses de ironia e humor Riu, quase chorou Disse que não gosta de sair Mas que saiu pra fugir da empregada Que fazia a faxina da casa Enquanto ele passeava Desarrumando a tarde ♪ O escritor falou O escritor falou O escritor falou Sobre eternidades O escritor falou O escritor falou O escritor falou ♪ O escritor falou O escritor falou O escritor falou (O escritor falou) (O escritor falou) Agora eu posso acrescentar Que eu gostaria de reencontrar As mais legitimas fontes da inocencia Como a de uma criança Tão semelhante a pureza dos doidos Dos mendigos, dos santos Eu gostaria de liberar o menino Que existe aprisionado dentro de nós Para olhar a vida através dos seus olhos Como se fosse pela primeira vez E fazer nesta visão Através da imaginação criadora Algum coisa que possa torna ainda Que numa escala em fim A vida dos outros um pouco melhor Eu acho que este, é que seria o papel ideal do artista A função primordial do escritor