No vazio do meu regaço Fico suspenso sem saber Não tenho corpo p'ra mexer Como uma mão sem braço Perdido e sem espaço Na esperança que alguém Não importa de onde vem Possa trazer o seu dia O passo de uma vida Para partilhá-la também, também No escuro te aguardo Teu calor no meu conforto Teu descanso, meu repouso Meu afeto, teu resguardo Conto com o teu agrado Para evitar o tédio Para voltar ao mistério Daquelas noites distintas Que parecem infinitas Que despem corpos do sério, oh Mas tu nunca mais chegaste Eu mesmo tive que partir Sem sequer me poder abrir Pois tu não aceitaste Descrente e abandonaste Antes que o olho do tempo Aproveitando o momento Despoletaste as lembranças Ofuscando esperanças De um dia de bom vento, oh Bom vento, oh Bom vento, uh-oh Uh-oh, uh-oh, uh-oh Bom vento, oh Bom vento, uh-oh Uh-oh, uh-oh, uh-oh Bom vento, oh Bom vento, uh-oh ai Uh-oh, uh-oh, uh-oh Bom vento, oh Bom vento, uh-oh Uh-oh, uh-oh, uh-oh