Quero estar pronto a dizer: não sei Quero o conforto do não saber Quero o sobrolho interdito a citar a lei E ombro capaz de encolher Estar rouco de plágio e de rum Deposto da vala incomum ♪ Quero ser franco a dizer: fui eu Quero-me aflito a afirmar quem fui Quero ter queixo caído a ganhar o céu E dedo para pôr onde dói Estar solto para ser só mais um No indulto da graça comum ♪ O que nos cabe, o que calhou Está reservado Nem sei se vivo ou se sou Quero dar tudo a dizer: não há Quero espartilho de não haver Quero ter mão de mendigo A puxar para cá E o senso de não merecer Estar pronto a tomar mais nenhum Placebo da cura de som