Se o mundo é uma pedra de tropeço, eu arremesso-o E ofereço a esfera ao espaço, está suspenso o meu apreço. Se o mundo me merece tanta prece, nem por isso A mundos dou interesse, nem a crises dou acesso. Se o mundo é uma bolha de lamento, eu arrebento E tento não estar dentro se se encontra em pronto pranto. Se o mundo não demora, que a agrura morra agora E eu choro com quem chora pra os pescar do mundo fora. Não não não tenham medo Que o mundo foi vencido E eu sou aliado. Não não não tenham mundo Que o medo foi criado E eu sou doutro lado. Se o mundo é só um espelho do que eu valho, então trabalho-o, Definho o grilho velho que ainda escolho quando falho. Se o mundo é só a mágoa com que meço, então despeço-o E regresso ao troço estreito exterior ao Universo. Tresmalho o rebanho, Aqui eu sou estranho. Minha marcha é recta; A vida é rotunda. O que não me afecta Já não me afunda. Não não não tenham medo Que o mundo foi vencido E eu sou aliado. Não não não tenham mundo Que o medo foi criado E eu sou doutro lado.