Alguém que Deus já lá tem Pintor consagrado, Que foi bem grande E nos fez já ser do passado, Pintou numa tela Com arte e com vida A trova mais bela Da terra mais querida. Subiu a um quarto que viu A luz do petróleo E fez o mais português Dos quadros a óleo Um Zé de Samarra Com a amante a seu lado Com os dedos agarra Percorre a guitarra E ali vê-se o fado. Dali vos digo que ouvi A voz que se esmera Dançando o Faia banal Cantando a Severa Aquilo é bairrista Aquilo é Lisboa Aquilo é fadista Aquilo é de artista E aquilo é Malhoa.