Quantas madrugadas? P'ra que a nossa paixão deixe este sonho partir As almas tão coladas E as mãos cansadas de agarrar a noite a seguir Acinte as costas arranhadas Há uma sensação de eternidade no ar As roupas espalhadas Vão formando estradas para nenhum lugar Frases sussurradas Tem que obedecer a leis que Deus não ditou As bocas encarnadas Fingem dar dentadas nas traições que o tempo apagou E tudo são pequenos nadas Pequenas emoções que nunca mais vão ter fim Promessas são quebradas Entre as almofadas e o linho e cetim Não há amor, não há prazer, não há sequer afeição Sempre a supor que qualquer ser é mais do que um coração Um dia quase a nascer, um barco quase a chegar E amar sem ter qualquer prazer não é amar Fecham-se as portadas E fica pela ar um forte cheiro a maçã Não há mais madrugadas Só pequenos nadas até de manhã Não há mais madrugadas Só pequenos nadas até de manhã ♪ Contam-se piadas Não há como voltar ao tempo que já passou As vidas são ditadas Nas cartas usadas pela mão que lança o Tarot O eco das tuas ridadas É só o que me resta quando a noite acabar Sumiu as madrugadas Que me foram dadas pelo teu olhar Não há amor, não há prazer, não há sequer afeição Sempre a supor que qualquer ser é mais do que um coração Um dia quase a nascer, um barco quase a chegar Amar sem ter qualquer prazer não é amar Fecham-se as cortinadas E fica pela ar um forte cheiro a maçã Não há mais madrugadas Só pequenos nadas até de manhã Não há mais madrugadas Só pequenos nadas até de manhã Laiá-laiá, laiá Laiá-laiá, laiá Laiá-laiá, laiá Aí, formou