Pressentindo a madrugada À beira do meu olhar Abro a mão, não tenho nada Mas não a torno a fechar Ao ver o teu sono lindo A dormir na minha mão O orvalho vai caindo Nas rugas da solidão Tu chamas-me de alvorada E fazes-te de Sol posto Ao veres cair a geada Pelos vales do meu rosto No momento em que despertas Das tuas noites sombrias Vês que tenho as mãos abertas E que às duas estão vazias ♪ É por não terem lá nada Que só se fecham às duas Na surpresa abandonada De irem abraçar as tuas