Poeta, onde tu foste morar Não vão meus olhos chegar Apenas o pensamento Poeta, estrela morena perdida Longe, tão longe da vida Quem sabe, onde nasce o vento Manhã, podia vê-lo, discreto em seu passito Buscando a natureza desejada E á noite, na cidade, muralhas de granito Cercavam-lhe a vontade entusiasmada Poeta, onde tu foste morar Não vão meus olhos chegar Apenas o pensamento Poeta, estrela morena perdida Longe, tão longe da vida Quem sabe, onde nasce o vento Ao peito um amuleto, que sorte era precisa A sorte aos lusitanos é madrasta Escrevia nos seus versos o que a boca indecisa Escondia entre a murtalha suja e gasta ♪ Poeta, onde tu foste morar Não vão meus olhos chegar Apenas o pensamento Poeta, estrela morena perdida Longe, tão longe da vida Quem sabe, onde nasce o vento