Que amor não me engana Com a sua brandura Se da antiga chama Mal viva a amargura Numa mancha negra Numa pedra fria Que amor não se entrega Na noite vazia E as vozes embargam Num silêncio aflito Quanto mais se apartam Mais se ouve o seu grito Muito à flor das águas Noite marinheira Vem devagarinho Para a minha beira ♪ Em novas coutadas Junto de uma hera Nascem flores vermelhas Pela primavera Assim tu souberas Irmã cotovia Dizer-me se esperas O nascer do dia E as vozes embargam Num silêncio aflito Quanto mais se apartam Mais se ouve o seu grito Muito à flor das águas Noite marinheira Vem devagarinho Para a minha beira